quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Xmas time #6

No início da semana, falei-vos sobre a árvore de Natal, hoje venho falar-vos sobre o presépio. Contrariamente ao que acontece com as árvores, aqui já não sou nada tradicional, mesmo nada. Desde pequenina que nunca tive muito jeito, nem paciência, para fazer o presépio, tanto é que deixava esta tarefa para a minha mãe e o meu irmão, enquanto eu me encarregava da árvore e da restante decoração. Lembro-me perfeitamente de, nos dias anteriores, sairmos em família para irmos buscar musgo para fazer o presépio, além de também prepararmos a ervilhaca e o trigo, que também faziam parte da decoração, juntamente com pedra vermelha que íamos guardando de ano para ano. 
A minha mãe sempre fez o que considero ser o "típico presépio português", ou seja, com musgo, verduras, pedra, e muitas figuras, tais como, além do menino Jesus, José, Maria e o Anjo, também os Três Reis Magos, o burro, a vaca, as ovelhas, os pastores, as aldeãs, muitas casinhas e igrejas. E, claro, havia sempre uma ribeira feita em folha de alumínio. 
 
 
De ano para ano, e à medida que fomos demonstrando menos interesse e que as crianças da família iam crescendo, o presépio lá de casa foi diminuindo de tamanho e de protagonistas. Agora, com o neto, voltou a haver presépio, mas já não tão grande. Acho que aqui o que "puxa" o presépio é o fato de voltar a haver crianças na família, pois o Natal é das crianças.
Quando fui viver sozinha, ou seja, há cerca de 9 anos, comprei no hipermercado um presépio, que vinha com as figuras principais, uma casinha toda enfeitada com musgo seco e ainda umas luzes. O suficiente para mim. Desde então que esse tem sido o meu presépio, se bem que já sem luzes, pois fundiram, e cada vez com menos musgo, desde que tenho um filhote que dá outro uso ao musgo e ao próprio presépio. Todos os dias, tenho novo presépio. O Diogo tira todos os bonecos da casota, e lá dentro vai brincando com os seus carros, tratores e escavadoras. Ao final da noite, os bonecos lá voltam para casa, sempre com nova disposição. Um destes anos, tenho mesmo que voltar a investir num novo presépio, ou pelos menos em renovar o que tenho - repor as luzes e colocar musgo, mas primeiro é melhor deixar o Diogo passar a fase em que faz "obras" com tudo o que lhe aparece à frente e em que põe o menino Jesus como capataz. Nesta foto, o presépio já sem musgos, mas com as figuras à minha maneira:
Gosto muito deste género de figuras, mais modernas, mas ainda com um toque de tradicional.
 

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